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Povo acompanha drama da família de Cícero |
A
quantidade de acessos à notícia sobre o drama da família de Cícero Novais
Teixeira, desaparecido desde abril de 2018, quando uma servidora do CREAS de
Barra de São Francisco/ES o embarcou na Rodoviária de Mantena/MG para
Jundiaí/SP, mostra a preocupação das pessoas com o caso.
A
servidora, segundo reclamação dos familiares de Cícero, o colocou no ônibus e irresponsavalmente
pediu a um desconhecido que o observasse até chegar ao seu destino. Como Cícero
é alcoólatra e relativamente incapaz, não chegou ao seu destino e ninguém sabe
o que aconteceu com ele.
Ao
todo foram mais de seis mil acessos, numa demonstração de preocupação das pessoas
pelo drama vivido pelos familiares de Cícero, que continua desaparecido. Os
familiares, que tomaram todas as providências cabíveis, temem que ele esteja
morto a essa altura dos acontecimentos.
Providências tomadas
A tomar conhecimento dois meses depois que Cícero
tinha sido enviado para São Paulo pelo Município francisquense, seus familiares
recorreram à Delegacia de Polícia e distribuíram panfletos pela cidade na
tentativa de localizá-lo em vão. Eles continuam sem ter notícias de Cícero.
Relatam os familiares, que recorreram à
Secretaria de Assistência Social francisquense, mas não obtiveram a atenção
necessária. “Ninguém fez nada para resolver o problema. Estão nos tratando como
se não fôssemos humanos. Agora nem nos atendem mais”, disse a irmã de Cícero.
Apesar da gravidade do caso, o prefeito continua
ignorando o acontecimento. “Estão agindo como se nada tivesse acontecido.
Ignoram que Cícero pode estar em perigo ou até mesmo morto, por culpa da
irresponsabilidade de uma servidora negligente”, reclama Eronildes Rodrigues
Teixeira.
Pedido de ajuda
Sem saber como agir para que os responsáveis
pelo desaparecimento de seu irmão sejam punidos, Eronildes pede socorro à
polícia e até mesmo ao Ministério Público. “Somos pessoas simples, não sabemos
o que fazer. Precisamos de ajuda. Muita ajuda”, clama ela.
“Se fosse uma pessoa de condições financeiras
já estaria todo mundo se movimentando, querendo saber o que aconteceu. Mas como
somos pessoas humildes e meu irmão era morador de rua, as autoridades não estão
nem aí. Para eles não somos ninguém, não representamos nada”, desabafa.
Segundo Eronildes, o silêncio dos meios de
comunicação e das autoridades a respeito do grave acontecimento só demonstra a
insensibilidade do ser humano. “Ninguém da prefeitura procurou a família para
sequer uma satisfação. Para essa administração somos lixo”, finaliza Eronildes.
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